A primavera nos fala
No seu tempo natural
Tem uma data marcada
Vinte e dois do nono mês
Aos vinte e um de dezembro
É a estação alegre
O inverno já passou
A porta do ano se abre
Ao propício clima ameno
No equinócio de setembro
Dia e noite se igualam
Vidas surgem coloridas
No mundo cheio de pétalas
A primavera fecunda
Os sentimentos inertes
Restaura amores débeis
Perfuma os corações
Acolhe no seu início
O nascer dos bem-te-vis
Beija a vida com arte
Registrou certo poeta
Primavera eu te digo
És o vestido de noiva
Nas dobas da natureza
Tecido por mãos divinas
És a mãe bela e sábia
Tu nos ofertas as flores
Filhas das tuas entranhas
Primavera, volte sempre!
Poema de Maurício de Santana
Antologia de Ouro 2012 - Museu Nacional da Poesia
Nenhum comentário:
Postar um comentário