DECORAÇÃO MINIMALISTA

Quando as flores mudam das mesas dos consultórios médicos para a decoração das festas de casamento, o assunto muda. Logo vem à mente um arranjo grande, lotado de rosas e colocado sobre um grande pedestal. Ou, muitas vezes, aqueles amontoados de plantas e pétalas que a gente mal consegue identificar as espécies.

Os grandes arranjos usados na decoração são herança dos romanos da Idade Média que até hoje influenciam o mercado de decoração floral. Os brasileiros se acostumaram com esse padrão e se esquecem que muitas vezes um arranjo aparentemente elaborado pode usar menos flores e, assim, baratear os custos. É essa a visão do designer floral Orlandio Santos, dono da Momenthus, empresa de decoração de eventos.

"A ornamentação clássica engessa. Uma mistura de flores não diz nada, não identifica estilo nenhum. Jovens de 25, 26 anos que se casam hoje não podem usar a mesma decoração da festa de seus avós - e normalmente é isso que acontece", diz Santos.

Engenheiro químico de formação, ele abandonou a profissão para se dedicar exclusivamente à decoração. "O que mais me motivou foi perceber que poderia trabalhar com as flores de um modo profissional e constituir uma empresa que poderia entrar num mercado crescente e em desenvolvimento", conta. Decidido a trabalhar nisso, ele fez cursos de design floral na Espanha e na Holanda. 

A sugestão do Orlandio Santos é "usar mais materiais naturais, como vime e treliças em montagens criativas que evitem excessos". Mas para alcançar este objetivo, é preciso mão de obra especializada, que no Brasil ainda é rara, pois quase não há cursos de design floral. Por isso, Santos costuma promover e participar de workshops, muitos em parceria com o Sebrae.

Blog Oficial Floricultura Lord Flores BH.

Créditos:

• Valor Econômico

• Orlandio Santos